Designer by Luiz Cotta

Alice e sua Sombra

Alice não é Ágata.
Alice não é Renata, Débora, Aline, Ana e muito menos Carolina.
Alice não é bailarina, professora de forró, santa ou indulgente.
Alice é só Alice mesmo. E mais nada.
Por enquanto...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Alice em trabalho de parto

Naquelas páginas corajosas dela:

Alguns veriam aquilo como um milagre desencaixotado da prateleira mais alta;
Grupos afirmariam aquilo ser, ora pois, pura sorte;
Alice, poré, via aquilo como construção, somente que haveria de ser, pois.
"Era uma sombra aflita pelo tempo que se movimentava numa ida e volta sem deixar os segundos passarem, sem deixá-la sair da sombriedade que era sacudir Alice por detrás.
Enquanto sentia nascer, num ventre, coisa nova e involuntária;
Descrentes diziam, "Óh, menina, isso é somente uma ilusão";
Mas era importância de pouco valor, pois, sentia por ali, mexer sem pedir licança em si.
"Era aquele punhado de palavras soltas e frases dignas de um vômito forçado que, ah... que deveria por-se para fora como um adiantamento precoce do parto que viria.
E Alice não parou de correr, como se não houvessem esperanças é para ficar ali, parada;
Alice ia de encontro ao que não era de nome pra se dar;
Era coisa grande que ela deveria buscar como exorcízio do que por tanto tempo gestou e admirou.
"Em estado de sombra penitente, densa e sabedora de muitas coisas, gozava de intermédio entre o desejo e o clímax, entre o que era pretensão para redenção.
Avivou em suspiro naquilo que tanto almejou sentir cheiro em pele de casca que sai como borboleta, nasceu em sorriso, em obra de criação
Era seu primeiro ato. Nascia em um salto, sobressalto, e era agora.

Janela da alma... E sombra.

Janela da alma... E sombra.

Quem?

O que disse Richard Pekny