terça-feira, 14 de dezembro de 2010
As Cartas de Alice*


quarta-feira, 21 de abril de 2010
ALICE & SEU PAÍS DE MARAVILHAS*
Alice se sente tolhida em sua liberdade, quer cantar, gritar, pular, pintar, sem repreensões ou coisas do tipo. Acostumada a fazer o que quer não agüenta o julgo das algemas que lhe tiram o poder de criar e recriar seu mundo que é toda imagem e semelhança.
De tão peralta e arteira fez um mundo colorido com nuvens de algodão, sol de tinta guache, céu de brigadeiro, chão de alecrim e montanhas de ilusões. E quem vai repreendê-la por isso?
O mundo real não lhe cabe e vice-versa. Esse lugar comum tão sisudo, cheio de “responsabilidade” lhe cobra tempo; e há de se ter tempo pra tudo! Acorda cedo, dá banho em filho e levar pra aula, ir pro trabalho e tentar “vencer na vida”, chegar do trabalho e ir pra faculdade “ganhar instrução”, chegar morta e cuidar de mãe, filho, namorado e o cacete a quatro! Ah! (...) Meu reino por minuto de paz! (...)
Alice quer liberdade de criar e recriar mundos que de tão errados dão certo. Não tem graça ser preso e ficar-se em prisão e esconderijo de si mesmo feito filosofo doido ou criança que não sabe o que quer.
A sua sombra volta e meia lhe diz isso... Ela vem falar sobre suas impossibilidades; mas quanta audácia! Não se diz a Rainha o que pode e o que não se pode; ah, se seu espectro tivesse carne já ia perder a cabeça por tamanha insolência!
Num surto maior de irreverência perguntou-lhe: Seria impossível, ou lhe parecia ser, ao menos impossível juntar todos os pedaços dos nós de calos das mais perfeitas ultrajantes contravenções do certo? Alice pensou... Fez pose de pensador e respondeu: Impossível fazê-lo e ausentar-se da dor da pele, do salgo das impurezas das lágrimas. A doce e malvada decisão de tomar uma decisão...
Ser,
O tempo de Alice é desvairado e incerto, cronológico, ideológico e de nada. Tempo E=mc2 ou simplesmente simples tempo... Tempo de Alice aliciar-se ou não! Tempo de expandir fronteiras, ir além de seu próprio País de Maravilhas, rever-se, reler-se, reformular-se, reorganizar-se e desconstruir-se muitas e ininterruptas vezes. Seu mundo é seu Mundo, cheio de imperfeições e mazelas que de tanto isso chega à perfeição.
Alice quer criar ordem na mais pura desordem.
O mundo em Alice e Alice no mundo...
E ainda dizem que o pirado sou eu!
* Caros amigos leitores, eis que Alice voltou à ativa e está escrevendo muito! Os trechos em colorido foram tirados dos textos, “Alice: E a Sombra Lhe Disse” e de seu mural “Andam Dizendo de Alice” e “E a Conheci em um Telefonema”. Recomendo a todos vocês que a leiam, são textos bárbaros e uma excelente leitura. Acessem: http://aliceesuasombra.blogspot.com/


quinta-feira, 9 de julho de 2009
Alice e mais um presente
By Daniel – Blog Contestação
Alice incrivelmente tem o dom da palavra. E muito mais que isso, tem o dom de entender a “condição humana”. Sim, isto que já é clichê mas que no dia-a-dia fazemos questão de ignorar.
Alice a duras penas pena o seu catigo – o olhar inquisidor que ela mesma define como “olhar possuído, obsessivo, cuidadoso, forte, pesado, cruel, desprezado e zangado”. É da “condição humana” dar adjetivos. Adjetivar tudo e quanto for real, abstrato, compreensivo e além do alcance das próprias palavras.
Estar hipnotizado por um olhar “inquisidor” é da história de vida de quase todos. Ser dominado por um sentimento tão devastador é de marcar a vida daqueles que amam.
Alice possui um poder impar de me levar longe... Longe de mais para não sentir essa “longevidade toda”. Suas palavras levam-me a cenas que vivi, situações que vivi, coisas que vivi, ou mesmo, situações que jamais queria ter vivido.
Alice me levou ao ano de mil novecentos e lavai poeira e na descrição do olhar que lhe inquieta me fez lembrar de um outro olhar. Conciso, obliquo, devastador, cheio de tara e desarmador... Fez ver-me menino, infantil, bebê, dominado pela mulher, feita, madura com um poder de devastação tão potente quanto “sem querer”.
Foi sem querer que à conheci;
Foi quase sem querer que à beijei...
E foi com muito querer que à tive em uma noite gélida de uma cama de motel! (…).
Paixão tão forte quanto súbita;
Tão dominadora quanto inimaginável...
Despedida cruel feito morte premeditada! (…).
É castigador sentir algo tão forte, e ficar sem o controle de si.
É castagante se vê servil sem nenhuma chance de defesa...
É absurdamente doloroso ter a consciência de estar só, jogado, pedindo socorro, querendo socorro e sem ninguém para ajudar! (…)
Ler o texto Alice foi como ler a minha própria história, sem rimas, sem estrofe, sem concordâncias verbais, pois os sentimentos, por mais adjetiváveis que possam ser, quando são fortes, são marcas feitas a ferro em braza, bastando um simples toque na lembrança para revivê-los novamente...
Texto inspirado no de Alice intitulado “Alice e Seu Castigo”.


terça-feira, 17 de março de 2009
domingo, 15 de março de 2009
Alice e o Espelho


segunda-feira, 9 de março de 2009
Alice sob encomenda
só
ali
se
se alice
ali se visse
quanto alice viu
e não disse
se ali
ali se dissesse
quanta palavra
veio e não desce
ali
bem ali
dentro da alice
só alice
com alice
ali se parece
Leminski


sábado, 28 de fevereiro de 2009
Alice ali
http://e-blogue.com/blogs/blog/2009/02/24/4/#comments


sábado, 7 de fevereiro de 2009
Janela da alma... E sombra.
