Designer by Luiz Cotta

Alice e sua Sombra

Alice não é Ágata.
Alice não é Renata, Débora, Aline, Ana e muito menos Carolina.
Alice não é bailarina, professora de forró, santa ou indulgente.
Alice é só Alice mesmo. E mais nada.
Por enquanto...
Mostrando postagens com marcador Presente para Alice. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Presente para Alice. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

As Cartas de Alice*

(Texto de Daniel Moraes do Blog SUB-MUNDOS)
terça-feira, 14 de dezembrro de 2010


Por onde andará Alice e seu país de maravilhas? Disseram-me estar no Alasca esfriando a cabeça. Também ouvir dizer que um dia desses tava ela lá no show do Rappa, mas é bem capaz que ela esteja onde quer estar.

Faz tempo que deixei de ter correspondência com Alice. Na ultima carta que li vi que estava cansada... Sei lá, da casa, trabalho, família ou quem sabe de si mesma?

Mais enxerida e alto suficiente com é, deve mesmo é ta em casa ouvindo Led Zeppelin. Que mulher estranha é Alice, prefere a escuridão de um quarto as luzes das boates cheias de gente, que tentam a todo custo esconder suas solidões. Quem sabe sua solidão já não tenha mais medo do escuro?

Já ouvir rumores que tenha ido para o Paquistão; o que faria num país como aquele? Até onde sei, não tem muita vocação pra Agente da CIA ou mMadre Tereza. Independente de onde esteja, detesto esse silencio... Parece aviso de morte ou carta suicida, sei lá!

Só que Alice gosta de si tanto quanto adora a liberdade. Quer comer o Mundo com uma colher, beber a vida numa golada só e deixar-se embriagar pelo que há de bom. Talvez por isso toda essa minha admiração pelas cartas de Alice.

Alice nos alicia de uma forma inexplicável! Sua dor parece tão nossa! (...) daí o gosto pelos seus escritos. Ali não é uma mulher (ou homem), e sim, um Ser Humano tão comum, porém, se mostra tão diferente que nos pega pelo espinhaço... Por tanto tempo me perguntei: o que tanto vi em nela? Acho que reflete-se em nós e nós ela...

Seja como for e aonde for, rogo a ela: escreva as Cartas outra vez! Não me deixe sem as cartas, As Cartas de Alice.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

ALICE & SEU PAÍS DE MARAVILHAS*


(Texto de Daniel Moraes do Blog SUB-MUNDOS)
quarta-feira, 21 de abril de 2010  


Ser ou não ser Alice...
Quais são as questões?

Alice se sente tolhida em sua liberdade, quer cantar, gritar, pular, pintar, sem repreensões ou coisas do tipo. Acostumada a fazer o que quer não agüenta o julgo das algemas que lhe tiram o poder de criar e recriar seu mundo que é toda imagem e semelhança.

De tão peralta e arteira fez um mundo colorido com nuvens de algodão, sol de tinta guache, céu de brigadeiro, chão de alecrim e montanhas de ilusões. E quem vai repreendê-la por isso?

O mundo real não lhe cabe e vice-versa. Esse lugar comum tão sisudo, cheio de “responsabilidade” lhe cobra tempo; e há de se ter tempo pra tudo! Acorda cedo, dá banho em filho e levar pra aula, ir pro trabalho e tentar “vencer na vida”, chegar do trabalho e ir pra faculdade “ganhar instrução”, chegar morta e cuidar de mãe, filho, namorado e o cacete a quatro! Ah! (...) Meu reino por minuto de paz! (...)

Alice quer liberdade de criar e recriar mundos que de tão errados dão certo. Não tem graça ser preso e ficar-se em prisão e esconderijo de si mesmo feito filosofo doido ou criança que não sabe o que quer.

A sua sombra volta e meia lhe diz isso... Ela vem falar sobre suas impossibilidades; mas quanta audácia! Não se diz a Rainha o que pode e o que não se pode; ah, se seu espectro tivesse carne já ia perder a cabeça por tamanha insolência!

Num surto maior de irreverência perguntou-lhe: Seria impossível, ou lhe parecia ser, ao menos impossível juntar todos os pedaços dos nós de calos das mais perfeitas ultrajantes contravenções do certo? Alice pensou... Fez pose de pensador e respondeu: Impossível fazê-lo e ausentar-se da dor da pele, do salgo das impurezas das lágrimas. A doce e malvada decisão de tomar uma decisão...

Ser,
não ser,
deixar de ser,
re-ser...

O tempo de Alice é desvairado e incerto, cronológico, ideológico e de nada. Tempo E=mc2 ou simplesmente simples tempo... Tempo de Alice aliciar-se ou não! Tempo de expandir fronteiras, ir além de seu próprio País de Maravilhas, rever-se, reler-se, reformular-se, reorganizar-se e desconstruir-se muitas e ininterruptas vezes. Seu mundo é seu Mundo, cheio de imperfeições e mazelas que de tanto isso chega à perfeição.

Alice quer criar ordem na mais pura desordem.
O mundo em Alice e Alice no mundo...
E ainda dizem que o pirado sou eu!

Caros amigos leitores, eis que Alice voltou à ativa e está escrevendo muito! Os trechos em colorido foram tirados dos textos, “Alice: E a Sombra Lhe Disse” e de seu mural “Andam Dizendo de Alice” e “E a Conheci em um Telefonema”. Recomendo a todos vocês que a leiam, são textos bárbaros e uma excelente leitura. Acessem: http://aliceesuasombra.blogspot.com/

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Alice e mais um presente

ALICE E AS MINHAS LEMBRANÇAS

By Daniel – Blog Contestação

Alice incrivelmente tem o dom da palavra. E muito mais que isso, tem o dom de entender a “condição humana”. Sim, isto que já é clichê mas que no dia-a-dia fazemos questão de ignorar.

Alice a duras penas pena o seu catigo – o olhar inquisidor que ela mesma define como
“olhar possuído, obsessivo, cuidadoso, forte, pesado, cruel, desprezado e zangado”.
É da “condição humana” dar adjetivos. Adjetivar tudo e quanto for real, abstrato, compreensivo e além do alcance das próprias palavras.

Estar hipnotizado por um olhar “inquisidor” é da história de vida de quase todos. Ser dominado por um sentimento tão devastador é de marcar a vida daqueles que amam.

Alice possui um poder impar de me levar longe... Longe de mais para não sentir essa “longevidade toda”. Suas palavras levam-me a cenas que vivi, situações que vivi, coisas que vivi, ou mesmo, situações que jamais queria ter vivido.

Alice me levou ao ano de mil novecentos e lavai poeira e na descrição do olhar que lhe inquieta me fez lembrar de um outro olhar. Conciso, obliquo, devastador, cheio de tara e desarmador... Fez ver-me menino, infantil, bebê, dominado pela mulher, feita, madura com um poder de devastação tão potente quanto “sem querer”.

Foi sem querer que à conheci;
Foi quase sem querer que à beijei...
E foi com muito querer que à tive em uma noite gélida de uma cama de motel! (…).

Paixão tão forte quanto súbita;
Tão dominadora quanto inimaginável...
Despedida cruel feito morte premeditada! (…).


É castigador sentir algo tão forte, e ficar sem o controle de si.
É castagante se vê servil sem nenhuma chance de defesa...
É absurdamente doloroso ter a consciência de estar só, jogado, pedindo socorro, querendo socorro e sem ninguém para ajudar! (…)

Ler o texto Alice foi como ler a minha própria história, sem rimas, sem estrofe, sem concordâncias verbais, pois os sentimentos, por mais adjetiváveis que possam ser, quando são fortes, são marcas feitas a ferro em braza, bastando um simples toque na lembrança para revivê-los novamente...

Texto inspirado no de
Alice intitulado “Alice e Seu Castigo”.

terça-feira, 17 de março de 2009

Alice e o que disseram por aí...

"Alice é minha amiga imaginária"

domingo, 15 de março de 2009

Alice e o Espelho


Estava sentada de branco, em frente ao espelho. Devido a negritude dos dias decidiu usar branco, para aliviar ao menos o reflexo da imagem.
Ouvia uma música, sabe-se lá de que banho e Iemanjá se falava. Sua Fé estava bem abalada. Tinha os olhos caídos na direção de Nossa Senhora de Aparecida. Na tempestade em que vivia, molhada, com frio, perdida e sem saber o caminho de volta, com os dedos enrugados e uma terrível dor que vinha do coração, se apegava a todos os Santos. Qualquer um que indicasse o próximo passo serviria.
Mas a resposta por vezes demorava e a dor... E a dor não saía de cena.
E, assim, se analisava, analisava aquele reflexo no espelho, procurando um restinho de força e pedia socorro desesperadamente. A chuva que lhe caía por dentro da cabeça começava a escorrer pelos face. Lágrimas pretas da escuridão.
Ainda assim conseguia manter a meiguice. E o tamanho. Tamanho que não era de sua vontade. Queria mesmo é ser pequenininha.
Sua dor era da solidão, confusão. E acreditava, apesar de relutar, que sua única saída era a RENÚNCIA.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Alice sob encomenda

ali

ali
se

se alice
ali se visse
quanto alice viu
e não disse

se ali
ali se dissesse
quanta palavra
veio e não desce

ali
bem ali
dentro da alice
só alice
com alice
ali se parece

Leminski

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Janela da alma... E sombra.

Janela da alma... E sombra.

Quem?

O que disse Richard Pekny