Estava sentada de branco, em frente ao espelho. Devido a negritude dos dias decidiu usar branco, para aliviar ao menos o reflexo da imagem.
Ouvia uma música, sabe-se lá de que banho e Iemanjá se falava. Sua Fé estava bem abalada. Tinha os olhos caídos na direção de Nossa Senhora de Aparecida. Na tempestade em que vivia, molhada, com frio, perdida e sem saber o caminho de volta, com os dedos enrugados e uma terrível dor que vinha do coração, se apegava a todos os Santos. Qualquer um que indicasse o próximo passo serviria.
Mas a resposta por vezes demorava e a dor... E a dor não saía de cena.
E, assim, se analisava, analisava aquele reflexo no espelho, procurando um restinho de força e pedia socorro desesperadamente. A chuva que lhe caía por dentro da cabeça começava a escorrer pelos face. Lágrimas pretas da escuridão.
Ainda assim conseguia manter a meiguice. E o tamanho. Tamanho que não era de sua vontade. Queria mesmo é ser pequenininha.
Sua dor era da solidão, confusão. E acreditava, apesar de relutar, que sua única saída era a RENÚNCIA.
Solidã é a pior coisa que existe. Bjus.
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