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Alice e sua Sombra

Alice não é Ágata.
Alice não é Renata, Débora, Aline, Ana e muito menos Carolina.
Alice não é bailarina, professora de forró, santa ou indulgente.
Alice é só Alice mesmo. E mais nada.
Por enquanto...

domingo, 15 de março de 2009

Alice e o Espelho


Estava sentada de branco, em frente ao espelho. Devido a negritude dos dias decidiu usar branco, para aliviar ao menos o reflexo da imagem.
Ouvia uma música, sabe-se lá de que banho e Iemanjá se falava. Sua Fé estava bem abalada. Tinha os olhos caídos na direção de Nossa Senhora de Aparecida. Na tempestade em que vivia, molhada, com frio, perdida e sem saber o caminho de volta, com os dedos enrugados e uma terrível dor que vinha do coração, se apegava a todos os Santos. Qualquer um que indicasse o próximo passo serviria.
Mas a resposta por vezes demorava e a dor... E a dor não saía de cena.
E, assim, se analisava, analisava aquele reflexo no espelho, procurando um restinho de força e pedia socorro desesperadamente. A chuva que lhe caía por dentro da cabeça começava a escorrer pelos face. Lágrimas pretas da escuridão.
Ainda assim conseguia manter a meiguice. E o tamanho. Tamanho que não era de sua vontade. Queria mesmo é ser pequenininha.
Sua dor era da solidão, confusão. E acreditava, apesar de relutar, que sua única saída era a RENÚNCIA.

Um comentário:

  1. Solidã é a pior coisa que existe. Bjus.

    http//so-pensando.blogspot.com

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Quem falou aí?

Janela da alma... E sombra.

Janela da alma... E sombra.

Quem?

O que disse Richard Pekny