Mas ele antes dizia: “vai, voa e pousa. Aqui”.
Hoje ele dizia: “você não voltou e fiquei te esperando” – mesmo sem saber que o voo dela mal tinha começado.
Paciência, foi o que ele não teve.
Ela, por sua vez, meio as flores, se deliciava e sentia outros, e especificamente outro cheiro inebriante, irresistível e embriagado de cravo, canela, barba, pele limpa, crua e nua.
Enquanto ela ia, ele se dificultava e agarrava pedaços de pano de alguém, de outrem que não era quem era de fato seria um possível incomodo pra ele, mas já era e uma provável verdade pra ela.
Ele suplicava pequenas coisas. Ela queria mais e sempre e a cada vez mais. Sempre proporcionalmente ao quanto ele se inclinava por sob a sombra dela.
Ela não era de sombra, muito menos de súplicas, quanto mais de rasantes arrebatamentos. Ela queria sempre mais e quanto mais ele lhe implorava, mais queria voar...
Ela abandonava, aos poucos, o ninho, o canto. Eram escalas diferentes, macias, às vezes revoltas dentro do peito, outras sem mais pormenores, tamanha insignificância. Mas eram sempre escalas, sempre estacionamentos, sempre verdadeiramente PAUSAS do voo de ida e volta, que não tinha voltado ainda.
E ela, displicente e indisciplinada com qualquer regra de 20 ou 30 cm, desde que régua, desde que obrigatoriedade, ia-se aos ventos, meio que perdida, meio que indo, mas nada de voltando. Ia, sem pretensão de saber para onde voltar, sem desistir, porém sem pensar, que dia ou outro teria que voltar. Ou chegar. Seria relevante. Teria que sacudir-se toda num outro pedaço, ou neste mesmo, mas teria de pousar. Qual canto fosse...
É... ela teria, um dia ou outro, que pousar. Talvez fosse hora, já.