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Alice e sua Sombra

Alice não é Ágata.
Alice não é Renata, Débora, Aline, Ana e muito menos Carolina.
Alice não é bailarina, professora de forró, santa ou indulgente.
Alice é só Alice mesmo. E mais nada.
Por enquanto...

terça-feira, 30 de junho de 2009

Alice e a resposta da carta que nunca enviou

Meu coração está aos pulos. Está em prantos. Está nostálgico. Ele dói e pulsa forte. Ele não sabe se chora ou se ri. Mas se espanta.

Meu coração enviou uma carta. Uma carta mágica. Uma carta para um outro coração há tempos desaparecido. Um coração que abraçou o meu devagarinho e com cheiro bom. E depois rasgou o meu um pouquinho. Foi quando foi-se embora e nem pediu perdão.

Aí meu coração, machucado e muito doído de amor, ódio e saudade, escreveu uma carta. Uma carta que nunca foi enviada. Uma carta mágica.

Hoje recebo uma resposta com feição de continuação, com um pouco de cuidado, com atas e esparadrapo que nem preciso mais. E até um pouco de perdão. Perdão do meu coração.

Recebi uma carta-resposta também mágica. E com ela veio uma voz gostosa no telefone e um convite para uma continuação. Um convite diferente. Sem pretensões como as de antigamente. Mas um convite com vontade de chamego.

Recebi o convite, assim como a resposta pra carta que nunca enviei, com vontade de chorar. De compartilhar. Vontade de cinema, água de côco, relembrar histórias de Jorge Fernando e Serra do Cipó.

Mas, apesar do coração espantado, eu não entrei em pânico nem tive vontade de plantar bananeiras no sofá. Nem de me jogar na cama branca que não existe mais. Foi estranhamente gostoso dizer que "a gente se fala" e ter vontade de falar mesmo. Sem a pressa de amar que já sentiu antes, o meu coração. Sem a urgência de saber, que comandava meus atos. Com uma curiosidade gostosa, uma vontade de conhecer, de encontrar, de ver. De sentir se é o mesmo cheiro e torcer pra que não seja. Assim pode-se desembolar uma nova história. E não reviver uma coisa antiga, passada.

E meu coração, "acalma-te", já pulsa mais tranqüilo. E eu me espanto como uma carta mágica pode me trazer respostas mágicas sem o amor e o ódio. Veio e trouxe só a saudade.

E para este outro coração, que não sei como pulsa: bom te ver bater vermelho e sereno.

"A gente se vê."

Saudades,

Alice

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