O roçar da barba dele...
O cheiro nu da pele dele encostando nos braços dela, no rosto, nas mãos, no corpo todo em toda parte que se tocava a pele dele e a dela...
Era muito. O ápice era aquilo, ali, naquela hora. Tudo parou.
Alice parou e o observou bem.
Lindo, com sorriso branco, cabelos grisalhos, altura dela ficar na ponta dos pés, abraço do jeito que a encolhia num colo. Ele estava nu, despido e verdadeiro na frente dela.
Aí Alice queria afundar-se dentro dele como se fosse possível tornar-se um. Queria engolir tudo, ele, o coração disparado dela e a vontade insana de estar ali para o resto da vida. Amando.
Ele teve que ir e ela teve que ir. Depois do encontro atropelado e furtivo, ela ouvia em pensamento: "...O beijo arrepiado no cangote e outro intenso na boca..."
Um querer mais sem fim. Era alguma coisa assim que Alice não conseguia entender, quanto mais explicar.
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