Designer by Luiz Cotta

Alice e sua Sombra

Alice não é Ágata.
Alice não é Renata, Débora, Aline, Ana e muito menos Carolina.
Alice não é bailarina, professora de forró, santa ou indulgente.
Alice é só Alice mesmo. E mais nada.
Por enquanto...

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Alice tinha Medo

Ai, essa dor que não largava do corpo e ela queria gritar.

Subia arrepiando-lhe os pelos até cair quente pelos poros em lágrimas ardidas. Ai, essa dor torturante que dava nó no buraco da garganta. Era de contorcer o corpo em relutância à. Estalava os ossos, doía o peito e corava a face.

Alice tinha era um terrível medo de fins, de inícios e de tudo que mudasse.

 A dor fixava morada ali porque ela não conseguia parar de continuar. Ela não sabia dizer que não, temia profundamente o começar de novo. Era de exalar tortura, aquilo que lhe partia no meio e não tinha anestesia que sarasse. O coração dela não admitia parar de bater. E um fio de rugido baixo e leve ameaçava sair boca afora, pra acalentar a alma. Mas saia suspiro, anseio de pronuncia que não tinha fim porque acabava o ar no meio da vontade de findar-se, o grito.

Mas ela tinha medo dos fins. Os fins que parem começos. Ela temia eternamente parar de sofrer, parar de tentar, parar de sentir e morrer.


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Janela da alma... E sombra.

Janela da alma... E sombra.

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O que disse Richard Pekny